Cheira a madeira escura, recém-encerada.
A luz difusa da janela grande atravessa tudo.
Desço os degraus com um sorriso grande
uma alegria lá de dentro.
Seguro a mão de minha mãe. Rimos entre nós.
Estou grávida.
A barriga pequena e dura aparece por cima da calça e da camisa branca, de botões.
Tenho o umbigo estufado a pele lisa, esticada.
Enzo nos encontra no meio da descida. Ponho as pequenas mãozinhas do meu sobrinho Biju e aviso:
- aqui Biju, na barriga da titia tem um nenénzinho crescendo! Aqui, ele é seu primo, Biju!
A Sofia biscuizinha está sorridente e também toca minha barriga avantajada.
Uma felicidade impossível de escrever aqui.
Acordei.
Ao telefone, conto pro Enzo:
- Biju eu tive um sonho com você! A gente descia uma escada bemmm comprida, sabia?
- Não! Tchau, tia Biju!
Desliguei rindo.
E rindo continuo.
para minha mãe.
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