É isso.
Vou ser uma burocrata.
Servidora (de preferência Federal) pública que tem mesa, cadeira, ramal, lápis, caneta, computador. Ponto pra assinar, contra-cheque, plano de saúde.
Já me aposentei (emocionalmente) da edição desde março.
As condições no trabalho hoje em dia só me ajudam a fincar o pé e pensar:
Eu sou mais eu, tenho que tomar um rumo e seguir o que quero.
E o que quero, mais que tudo, é ter uma família.
Sendo honesta, essa meta é bem complexa, já que envolve uma série de decisões minhas, mas também de uma segunda pessoa (tendo em vista que eu prefiro ter uma família com um par, um companheiro)
Mas daí que uso a simplicidade do Alberto para desenrolar problemas difíceis - como um quebra cabeças gigante, o melhor é isolar as partes e não pensar no todo (pelo menos num primeiro momento) - separar as pecinhas por cor, forma e só depois localizar seu local.
Por isso, o primeiro passo para eu seguir pensando em ter uma família é:
- ter condições financeiras para sustentar uma. Que aliás, é a parte mais simples de se conquistar: com trabalho e com estudo o dinheiro sempre chega.
Claro que parece precipitado pensar nisso hoje, já que nem grávida eu estou! (graçassssssssss).
Mas, pense comigo: se eu começar a estudar para concursos hoje, digamos que eu tenha sucesso mais ou menos no mesmo período do ano que vem - 2010. Isso provavelmente significa que eu tomarei posse em até 2011.
Com isso conquistado e garantido, posso então pensar nas coisas mais complexas:
- um companheiro de vida e de sonhos, uma figura que queria dividir comigo coisas parecidas...
(é, porque querer coisas parecidas mas não dividir comigo eu já encontrei bastante gente legal...)
E sendo bem mais pragmática, se com 39 anos essa figura aí de cima insistir em se esconder, estarei pronta para fazer terapia, grupo de ajuda, meditação, tudo, tudo que eu puder fazer para estar emocionalmente decidida a ser mãe.
- de inseminação artificial, de pai desconhecido, ainda não decidi -
(como no jogo, as peças mais difíceis a gente deixa mais pro final do quebra cabeças, quando parte do todo já está bem estruturado e é mais fácil enxergar os buracos...) - mas vai chegar essa hora.
Só que quando a maternidade chegar, eu quero ter um emprego com um salário legal, um seguro saúde legal e, de preferência, morar num prédio com elevador (pra me ajudar a carregar as compras e a barriga) lá pra cima...
Isso. É por isso que eu quero ser burocrata. Não é desperdício de talento artístico, nem resignação com Brasília. É porque tenho vontade de ter uma família, ser mãe.
Talvez, nada disso aconteça. O quebra cabeça caia no chão, eu desista de recomeçá-lo; ou eu perca as pecinhas e não consiga jamais terminá-lo; ou sei lá, eu queria brincar de outra coisa...
Mas preciso ter certeza absoluta que fiz tudo do mundo prático e material para concretizar esse sonho.
Começo pelos estudos. O mais fácil. Como separar as pecinhas de mesma cor.
Apoiado! E se quiser ajuda com a questão da maternidade, conte comigo! rsrsrs ;)
ResponderExcluir(antes que alguém entenda mal, é que eu também penso em ser pai sem necessariamente ser com uma parceira. :)
Os planos sempre alimentam a vida. E deixa pensarem o q quiserem.
ResponderExcluirVá buscar suas consquistas com bastante fome, q o sabor será ainda mais gostoso!
bjosss
Mefisto, sua proposta está no meu caderninho rosa. Estou lisonjeada.
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