Cheguei no Templo ontem à noite para dar a prática de meditação. Com raiva.
Com raiva de uma pessoa específica.
Com as portas da nave fechadas, acendi as velas, o incenso.
Acendi a luz do altar principal, do tatame de meditação.
Abri as portas laterais e uma rápida brisa soprou o ar quente para fora.
Sozinha, olhei para o Buda Amida e fiz a reverência do incensamento.
Ao levantar meu corpo, tive a sensação do Buda estar sorrindo pra mim!
Outra reverência, olho nos olhos do Buda. E ele sorri.
Me sento então na primeira cadeira, da primeira fileira e fecho os olhos para meditar sozinha.
Em mim, os olhos do Buda sorri.
A raiva é o sentimento que temos quando gostamos de alguém.
E gostamos tanto que queremos que essa pessoa tome uma outra atitude, diferente daquela que nos trouxe raiva.
Raiva dos outros é uma tentantiva de trazer mudança. Para melhor, sempre.
E se eu transformasse essa raiva em atitude?
Ah, mas não tenho coragem de falar sobre isso com essa pessoa...
Logo, só me resta mudar a minha percepção dessa pessoa. Me mudar.
Para não ter raiva dos outros, o jeito é mudar em mim o que me faz ter raiva:
Ser mais paciente, perseverante, mais amorosa.
E sorrir.
No fim da noite, um presente incrível:
Lina me deu O Caderninho dos Delírios.
E o primeiro deles foi:
Todo meu pensamento de raiva se transforma em rosa amarela
Cheirosa e aberta.
Acordei com um buquê no café da manhã
fabs, esse post me ensinou tanto!
ResponderExcluirvaleu!!