1.4.09

Boemia em Madri



E aí que o Vinícius falou com o Igor que deu um toque sobre um lugar. E a gente andou à beça o dia todo no Museu do Prado e num café da esquina um espanhol basco falou em inglês que o tal lugar seria bem caro. E então a Paula que é amiga do amigo acabou aparecendo e deu o endereço de um outro bar - JUANALOCA - fica no bairo La Latina, duas paradas de metrô que sai por um euro cada ida. Bueno, chegamos e a moça, além de linda, é super querida com outras cinco amigas lindas e super queridas. Ah, sim, e o moço sevilhano, lindo lindo lindo. E bebi três taças do vinho da casa pelo mesmo preço de três copos d'água e comi a melhor tortilla de batatas da minha vida porque tinha umas cebolas caramelas sensacionais. E até fumei um cigarro pra pertencer mais e mais e rir mais e mais até dar umas duas da manhã e o moço lindo pagar toda a conta da mesa e sairmos todos em direção ao LA PLAYA - que é bem pertinho, descendo um ladeira numa rua estreita e iluminada e cheia cheia cheia de gente. E no novo bar, você entra e já vai descendo uma escada que dá pra um porão todo espelhado com areia no chão. Mudei do vinho pra cerveza porque eles não servem nada além disso. E tinha tequila mas eu não tenho mais idade pra tal tipo de misturas. E bebi umas duas. Não, três. Enfim, o suficiente pra dar umas quatro da manhã e outra do grupo lembrar de sair pra dançar. Ah, boa porque com tanto álcool no sangue eu nem saberia chegar ao hotel. E o Vinicius apaixonado e eu com tanto moço ao meu redor que tava jurando que tinha uns 18. Tá, uns 21 anos. E pegamos três taxis pra caber todo mundo e paramos num lugar que tinha fila na porta. Alguém achou que era demais ficar no frio esperando entrar daí pegamos mais três taxis e chegamos num outro bar só que esse não tinha fila mas tinha fechado. Daí o moço lindo lindo lindo entrou só pra comprar cigarros nas incríveis maquininhas que vendem o produto por toda parte da cidade e então pegamos mais três taxis e seguimos para o terceiro destino só que dessa vez um taxi seguiu pra casa com a paixão do Vinicius dentro mas tudo bem. No último bar tinha uma fila igual ao primeiro e eu estava com uma vontade louca de fazer xixi desde o bar número um e daí fiz uma coisa super brasileira e molhei as plantinhas que nascem no meio-fio madrilenho. E o Vinicius fez o mesmo depois de mim. Entramos no bar com a Paula e o lindo lindo lindo e a outra amiga que não saiu na foto mas eu não me lembro porquê. Esse bar eu não sei o nome e também não bebi. Mas dancei dancei dancei e olhei muito pra todos os lados - porque tava super cheio de todas as gentes possíveis e o DJ tocava bem e tinha um pierrot que dançava num tablado. O Vinicius se apaixonou de novo e eu mais mil vezes. Quando quase chegou a manhã em Madri, pulamos num taxi só, o Vi e eu pra dormir e ir embora depois do almoço de paella mixta.

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