As coisas são assim: vão ajuntando na minha cabeça até uma hora que não dá mais.
Minha homeopata disse que a minha energia estava muito parada no ventre.
Faz sentido - 18 horas sentadas não devem fazer bem mesmo.
Na virada do ano, três resoluções - que eu voltaria a dançar, que eu me casaria este ano, e uma última, que já esqueci
(Cris e Marcinha, vocês se lembram da minha última resolução? Ou foi cookie demais?)
E finalmente, na semana passada, soube que no século 17, eu era egípcia.
Achei que esperei tempo suficiente -
Agendei uma aula experimental
E tive medo
Da vergonha
Da idade
Do meu jeito esquisitinho de ser
Matei a aula experimental
Daí, reagendei - marquei no celular novo e tudo
Chegando lá, amarelei de novo
Só assisti a uma aula
Mas, na seguinte, não teve como fugir:
Dança do Ventre
A vergonha da minha barriga sumiu em 2 segundos
Com o primeiro longo compasso lindíssimo de música egípcia
Minha maior preocupação era imitar e aprender, imitar e aprender
Toda minha energia focada no umbigo
O centro do meu mundo
Acho que nunca olhei tanto pra minha barriga
Nunca notei as tantas combinações possíveis que se faz com um quadril
Mas, o mais incrível:
Eu não me senti uma idiota, velha, ignorante
Eu simplesmente senti meu ventre
Como centro de tudo aquilo - a música, os movimentos, o ar que enche e esvazia
Rapidamente, me senti em paz
Uma paz enérgica, cheia, ruidosa como os guizos dos lenços
Eu não me prometo nada
Mas ficou a vontade de voltar lá,
Pro centro do meu mundo
Meu ventre
Minha dança
eu tenho medo assim da meditação.
ResponderExcluirde não conseguir desligar, achar tudo idiota e perder aquele 'milagre' não experimentado.
oh, céus!!
ou pior, me sentir uma tola. sei lá porque.