6.3.10

Uma carta para um anônimo

quantas cartas redigi em silêncio
no carro, no chuveiro, quase a dormir

e todas reli com calma, sorrindo, querendo chorar

quantos sonhos eu tive
passagem comprada
assento marcado
e tudo pro ar!

até finalmente, passar
ficar o vazio de um amor que nem foi

nunca julguei o silêncio que fez
pois sei que no fim, nem importa os quês

só pensei bem com força na luz que surgiu
no dia que você me nasceu
e nessa lembrança, embrulhei meu afeto
guardei com sorrisos o breve momento

agora, surpresa, a luz virou flor!
em forma de letras
a flor de pessoa!
pedro, de volta
revolto em palavras e asas!
pedro, devolva!
minhas átonas, minhas sílabas!
pedro, de novo
meu muso,

poema de letras
e sonhos
e fim

um beijo

mandado por email para Pedro

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