29.7.10

Couraça

Sou cobaia da psicologia.
E em alguma das escolas, que se não me engano é a bioenergética, acredita-se que o corpo humano vai se moldando às emoções e sentimentos que vivemos no decorrer da vida.
Criamos, aos poucos, mas rapidamente, o modo como usamos o corpo e as cicatrizes que vão marcando cada curva, cada órgão, cada membro.

Mas, como cachorro correndo atrás do rabo, não há como saber qual emoção causou qual cicatriz e vice-versa. Daí, o exercício terapêutico seria assim: chegar à profunda exaustão da máquina. Deixar o corpo físico tão esgotado, que as emoções surgirão, sem qualquer censura.

Já sentiu isso?
Um exceço de atividade física é seguida por uma vontade de gritaaaaaaar logo depois!
Ou um ato sexual tão intenso que as lágrimas vem sem controle.

Talvez, alguns sejam mais sensíveis, e outros precisem de sofrer mais na carne até deixar derreter a couraça.
Esse limite de cada um é bem pessoal.
Mas é bem provável que a exaustão física é amiga da real intimidade com sentimentos e emoções escondidas.

Quem sabe o ditado popular realmente é verdade?
Afinal, emoção à flor da pele diz muito do que a psicologia parece afirmar.

Qual foi a última vez que um sentimento te tomou o corpo assim?




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