No início dessa fase de estudos, me convenci de que só depende de mim.
É só ter disciplina, é só estar focada, é só aprender, memorizar, estudar, estudar, estudar.
Esse pragmatismo funciona, claro.
Mas, agora que a prova tem data e já inicio um estudo de revisão, me dou conta de que não
não depende só de mim.
Eu tenho que contar com uma certa sorte:
a sorte de estudar o que vai cair na prova
a sorte de me lembrar do que estudei
a sorte de estar saudável, descansada, enfim...
Além da sorte, preciso de confiança.
Confiar no caminho que escolhi, nos passos que dei até aqui.
Confiar que fiz tudo certo para chegar onde quero. Mas como contar com a confiança? De onde tiro isso?
Isso me atrapalhava o sono de ontem quando me lembrei de uma história budista que vou adaptar aqui:
Você está num mar belíssimo num barco a velas.
Seu barco é grande, confortável, do jeito que você sempre quis.
Há muitos lugares que você conhecer navegando por esse mar.
Mas, para seguir, você preisa de ventos. Ventos que acordem a velas do barco da sua vida.
Você pode ser um grande navegador. Seu barco a velas pode ser o melhor do mundo.
O mar pode ser convidativo.
Só que sem os ventos, nada acontece.
Os ventos são o Outro Poder, o Tariki.
Aquele que sopra o Próprio Poder, o Jiriki - que é você, eu, cada um de nós. Esse poder que pode muito, mas não pode tudo. Porque precisa do Outro Poder, do que completa, do que impulsiona, do que faz mover o mundo. O Buda Amida.
Fechei os olhos sorrindo, respirando fundo e já sentindo o frescor e o sopro do mar: há ventos soprando na minha vida.
É possível seguir velejando porque o Outro Poder me leva para onde quero ir.
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