31.12.11

2012 desarmado sorrindo

Certa feita, recebi um conselho que sigo sempre que me lembro:
um desconhecido ao saber da minha mudança para Nova York me disse:
"Smile. No matter how new yorkers treat you, give them back a good old smile".
Funcionou. Para todos os mal entendidos, grosserias e chatices da Grande Maçã, aplicava o golpe do velho e bom sorriso.

É que o sorriso desarma. Desmonta a armadura de medos e preconceitos.
Sorrir para alguém em silêncio é como um espelho de almas: da sua e do outro.

Não sou diferente: estou calejada, doída da vida.
Mas, ah! Quando alguém sorri para mim - como manter a guarda alta?

Acho que o sorriso assim, grátis, sem muito porquê, ficou raro porque estamos todos armados até os dentes: literalmente, esperando o próximo ataque que vai nos levar ao chão.
Um coração partido, uma resposta atravessada, não interessa o tamanho da dor - estamos todos cansados de doer!

Devemos, portanto, tirar proveito dessa canseira toda:
Vamos abaixar a guarda.
Descansar os braços, abrir o peito num grande suspiro: sorrir!
Não é igual a esquecer a dor.
Não, não é igual ser bonzinho.
Não é fazer de conta que

O sorriso que desarma é aquele que sabemos que é letal: mata o azedume, o rabugento, o implicante. Ele supera, domina, encanta num passe de mágica!
Você sabe muito bem de qual sorriso eu estou falando...

É o sorriso de sol no picolé supergelado!
É a nuvem que resfresca o ardido do meio dia no sol!
É o telefone tocar com aquela pessoa na linha!
Isso, é esse o sorriso.

Façamos de 2012 o ano desarmado por sorrisos.
Vai ser lindo.
(um sorriso em silêncio pra você!)










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