Estávamos todos a passeio, no meio daquela gente branca de olhos azuis.
O ruído das vozes em outra língua - sensação familiar nos meus sonhos - mas entre nós, falávamos o bom português.
A loje era imensa. Uma mistura de depósito com loja de departamentos. Tudo meio desorganizado - logo na Escandinávia! - tinha a desculpa de estar em liquidação.
Me apaixonei perdidamente por inúmeros sapatos de plástico, no melhor estilo Melissa - que vinham também em borracha mole, siliconada, com cores incríveis! Verde limão, vermelho cereja, roxo batata. Os preços traduzidos para o real eram tentadores e o melhor de tudo - todos eram meu número!
Desci as escadas para o outro nível da loja, agora com roupas e artigos de casa - tudo numa grande pilha, pensei: - esses gringos devem me achar uma idiota - primeiro dia de viagem e gastando tudo na primeira loja - continuo descendo as escadas para o subsolo e me dou conta que a escada acaba. Assim do nada, não tem chão, não tem parede. Uma vendedora lá embaixo (eu não vejo o chão, só o rosto dela no meio do escuro) me avisa que é melhor eu subir. Fala e puxa o corrimão de um jeito que ele se encolhe todo, some da minha mão e fica camuflado no teto!
No andar seguinte, chego a um grande lobby em madeira escura e envernizada, com colagens lindíssimas pelas paredes. É um bar, tem pessoas conversando e tomando drinks. É o espaço mais amplo e bonito da loja. Hora de acordar.
vc nasceu pra ser roteirista!
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bjossss