9.1.08

Mariposa

Numa noite chuvosa e quente, as janelas abertas, o som do bater de asas.
Entre o sonho e a preguiça, viro de lado, tampo os ouvidos.
As asas batem arritmadas, ora caladas, ora desesperadas, muito perto dos meus olhos na escuridão.
Durmo em sobressaltos, ouço uma voz sábia trazida pela borboleta.
Acordo sem susto, na manhã nublada.
Lá está ela - sua textura e desenho se mesclam com a luminária vermelha. É preciso atenção para percebê-la ali.
Agora silenciosa, tatuada na seda da luz.

Um comentário:

  1. "Mariposa de sueño, te pareces a mi alma, y te pareces a la palabra melancolía."

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