Depois de um intenso e merecido mergulho no Samsara, fui meditar hoje à noite.
Passei o fim de semana em isolamento total do mundo cibernético:
me dediquei exclusivamente ao mundo palpável e tátil
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Tomei sol e comi muito com a Bio e Luiz - que agora são paulistas e sempre chegam e voltam correndo -
matar a saudade não dá, mas dessa vez deu pra por a fofoca em dia - ou quase.
E a comidinha da tia Marilene tira qualquer dieta do prumo! Pena de mim!
Comecei minhas sessões de corrida com a Cris em um dia e com a Márcia no outro.
Não preciso dizer que estou dolorida, mas a exaustão física é um alento pra minha alma:
Aos poucos, entro no mundo físico do esporte, da prática da atividade com um objetivo único - estar bem.
Fui à festas de aniversários com amigos, bebidas, música e risadas altas. É de todos, o mundo mais familiar,
mas que aos poucos vem perdendo espaço pela idade, preguiça e para tantos outros mundos que eu ainda quero conhecer!
Visitei meu avô, que com 90 anos, resumiu tudo:
"Eu me achava muito evoluído. Mas com a morte da sua vó me dei conta que sou como todo mundo. Sofro e choro de saudades"
A ausência da minha família direta - todo mundo em Santiago do Chile - me lembrou de como era viver longe de pai e mãe: uma saudade gostosa de sentir, uma liberdade boa, mas uma apreensão lá no fundo - e se eu nunca mais vê-los?
A meditação me lembrou que eu não sou nenhum desses mundos. Que eu não pertenço a nenhum deles. Eu sou somente uma sombra. Porque perto de mim, sempre há Luz.
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