Uma das minhas favoritas está no Parque da Chapada dos Veadeiros.
É feita de ripas de madeira e corda. Uma ponte daquelas moles, presas firmemente de um lado e do outro no solo. E só.
Olho o outro lado, que nem é tão distante assim, seguro firme nas cordas que servem de corrimão: ao dar meu primeiro passo, a ponte toda treme!
De susto, dou um passo pra trás.
Agora, a ponte está como uma minhoca.
Medo.
Nova tentativa.
Com dois passos à frente, o peso do meu corpo todo sobre as ripas criam um estranho equilíbrio, fica quase fácil dar o terceiro passo...
O ritmo das passadas faz ondas na superfície da ponte que agora balança pra valer!
Aperto as mãos nas cordas, mas eis que quanto mais me apego ao suporte, mais difícil fica de caminhar pra frente!
No limite de cair, percebo então que sou eu quem imponho o ritmo daquela ponte a balançar!
As ripas, as cordas, tudo obedece ao meu caminhar.
Para cada passo, uma onda até o lado oposto.
E fim.
Eu sou a dona dos meus passos.
E, se não escolho todos os caminhos por onde passarei, farei deles meus próprios:
com equilíbrio único, no meu ritmo, uma onda de cada vez.
Com muito amor para todos que atravessam comigo as inúmeras pontes da minha vida. Vocês sabem quem são.
Que emoção imaginar a ponte de ripas de madeira e corda, o movimento que se forma a partir dos pés que andam e automaticamente convocam mãos e equilibrio para se chegar lá. E chegar é assim: requer jogo de cintura, coragem e vontade.
ResponderExcluirQuerida,
ResponderExcluirJá atravessamos muitas pontes juntas... Desde pequenas... Umas internas outras externas... Inclusive vparias na Inglaterra, França, Itália, Holanda, Bélgica... Somos companheiras de loga data e espero que possamos atravessar muitas outras... Ainda que unidas pelo coração que tá sempre torcendo por você...
beijos.
Ana