(escrevi esse texto a pedido do meu primo Vinícius, para o casamento dele com a Mari. O pessoal gostou tanto que decidi publicar aqui também)
Boa noite a todos. Para quem não me conhece, eu sou a Fabiana, a prima mais velha do Vinícius.
Boa noite a todos. Para quem não me conhece, eu sou a Fabiana, a prima mais velha do Vinícius.
Eu
fico honrada de subir aqui pra falar pra vocês num dia tão especial
pra todos nós. Mas, eu não sei nada sobre casamento já que ainda
não me casei! Então, o que posso dizer com certeza é o que o
casamento não é ou pelo menos, não deveria ser.
O
casamento não é comparável a nada: não é como viajar para um
lugar nunca visitado. Não é assumir um novo emprego. Não é fazer
um novo amigo. Não é. Não pode ser. Porque se fosse igual a
qualquer outra coisa, seria bem mais simples de se fazer entender ou
explicar por que diabos as pessoas resolvem se casar.
Sei
de casais que fazem do casamento a solução financeira para a vida.
Somam os salários e apostam que dali pra frente, tudo na vida será
ao redor do acúmulo material. Não antecipam o tamanho do buraco
emocional que se cava quando a única meta na vida é o TER e não o
SER.
Também
conheço gente que junta as escovas de dentes porque chegaram a uma
idade cabalística – em geral, para as mulheres, são os malditos
30 anos. Aí, quando os anos passam e trazem todas as frustrações
de uma escolha feita por motivos errados, a tristeza que assola
aquele lar nunca supera as boas lembranças.
E
há pessoas que juram de pé junto que vão resolver todos os dias
solitários com uma outra pessoa ao lado pro resto da vida. Fazem
daquele parceiro um quase refém da felicidade ilimitada. O mártir
da alegria esfuziante. Estas pessoas se esquecem que somos sós.
Nascemos assim e morremos assim. O parceiro que escolhemos para a
vida não deve ser o responsável por uma descoberta tão íntima:
aquela que leva à felicidade plena e que é feita da paz espiritual.
Sim, é a paz de espírito que faz calar a solidão de sermos
humanos.
Deve
haver mil outros motivos para se explicar um casamento. Mas, o único
que me convence, é o amor: aquele que se constrói todo dia, num
tripé de confiança, admiração e respeito.
E
aí, quando se fala em amor, somos todos cientistas e práticos! Por
isso, ouso dizer que eu sei, por exemplo, que todo
casamento deve ser o ponto de chegada de um percurso bem sucedido do
amor. O percurso do casal, como parceiros, e o percurso subjetivo,
muito pessoal, que cada um teve que trilhar – sempre inspirados
pelo amor próprio e pelo amor mútuo.
E
uma relação construída no amor, traz a liberdade: que é o
estatuto mais sonhado, mais intrinsicamente atrelado a nós, seres
humanos. Sem amor, não há liberdade. Sem liberdade, não há
casamento.
A
Mari e o Vi estão livres. Livres porque escolheram o amor. Este amor
construído na admiração, no respeito e na confiança mútuos. Amor
que ao chegar até aqui, no altar de um casamento, demonstra que teve
fôlego para para tantos desencontros e reencontros, desilusões, e
reencantos. É a combinação de decisões, escolhas, caminhos
juntos. É quase um milagre divino!
E
fazendo parte desse momento, eu, você, a gente acaba se sentindo um
pouco mais livres também, seja lá qual for a nossa prisão. Ao ver
o Vi e Mari tão autênticos, tão apaixonados, nos sentimos um
pouquinho mais à vontade para ser o que somos: humanos e livres para
amar!
Mari
e Vi, vocês começam hoje a construção de um novo caminho: um
caminho cravejado de alegria, fé e liberdade. Um caminho a ser
trilhado com o único sentimento que transforma e constrói: o amor.
Lembrem-se
de confiar, respeitar e admirar a si próprios e um ao outro.
Lembrem-se que a paz na alma cala a solidão.
Mas
principalmente, lembrem-se que a liberdade de escolherem estar juntos
é a maior prova de amor que existe entre vocês!
Sejam
felizes, meus queridos, imensamente felizes!
Fabiana
Ferreira – maio 2013
Lindo, lindo, lindo!!!
ResponderExcluirPor isso todo mundo gostou, é absolutamente cheio de emoção!
Parabéns!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirTexto muito bom!
ResponderExcluirFoi lindo e completou a cerimônia!
Parabéns por esse dom e poder juntar tantas palavras, frases tão bonitas e que tocam.
Sucesso!!
Taninha (prima Cy)