18.11.09

Morte e vida, Fabiana

Com a morte do meu avô, enxergo de perto a fragilidade do meu pai e o coração aperta.
A cada minuto me dou conta do quanto ainda tenho pra viver e do quanto quero que tudo seja intenso e sincero.
Temo não realizar alguns sonhos,
temo perder aqueles que amo.

Mas a morte sempre me traz a lúcida necessidade de viver a minha vida, só a minha, do meu jeito, do único jeito que sei, com todas as minha forças, com todo o meu amor.

Pra tudo e pra todo mundo.

Dizer adeus pra quem morre, me dá a medida exata do tamanho (pequeno) da vida e do desejo gigante de viver pra sempre.
Isso dói.
Aqui, bem na boca do estômago.

Um comentário:

  1. Querida amiga, saudade de você
    Outro dia também perdi meu avô paterno, só que esse outro dia já faz mais de um ano e aperta meu coração até hoje.
    Meus sentimentos foram outros...
    Não vi meu pai fragilizado e entendi que se não formos um exemplo para os filhos a relação pode se quebrar para a eternidade,
    É que meu avô teve duas famílias.
    Mas vi minha fragilidade e percebi que quando amamos MUITO alguém e se temos MUITA afinidade com esse alguém, perdoamos tudo, pois simplesmente amamos, eu o amo até hoje, até hoje sinto saudades de atender um telefone e ouvir o vozeirão dele dizendo "Oi Jurupoca".
    E o outro sentimento foi uma lição de que quando alguem está necessitando de carinho e nosso coração sente vontade de estar junto dessa pessoa não devemos deixar para amanhã... eu deixei de ir vê-lo num domingo e ele morreu na segunda seguinte.
    Força pra nós amiga pois a vida é mesmo assim...
    Que ao menos então a gente aprenda sempre e cada vez mais.
    Beijos
    Luísa

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