Desde que me entendo por gente, minha mãe monta um presépio de Natal na entrada da casa.
A base é uma tábua de madeira serrada pelo papai.
Dois banquinhos sustentam toda a história da noite do nascimento de Jesus.
A manjedoura é de pedras de papel pintadas de guache cinza.
O caminho que leva a Jesus é de areia do parquinho da quadra.
O laguinho tropical no meio do deserto é uma criativa invenção da mamãe para abrigar o sapo, e os patinhos.
As figuras natalinas, não sei de onde vieram, mas têm um aspecto sutil de beleza e tristeza, como é mesmo essa data tão celebrada.
No presépio da minha casa, tem anjinhos cantando nas pedras, pastores, ovelhas e carneiros, além dos animais e os três Reis Magos.
O cheiro do cipreste cortado inunda a casa e se mistura com as músicas de Natal.
Para mim, preparar a noite, sempre foi mais especial que a noite em si.
Esse ano, nada mudou.
A diferença é o novo ajudante, entusiasmado com todo o processo - desde serrar a madeira a escolher o melhor lugar do laguinho de espelho para abrigar o sapinho!
Natal é festa de criança. E quando a criança é aquela que amamos do fundo do coração, celebrar o nascimento de uma outra, Jesus, faz todo sentido.
Hoje, entendi tudo: o Natal é a celebração de todos nós, que ao nascermos, trouxemos ao mundo esse sentimento de esperança e amor.
O Enzo, a Sofia, as crianças que amo me deram isso de presente: uma vontade imensa de amar muito e ser sempre uma pessoa melhor.
E o Natal, hoje, me trouxe isso também.
Feliz Natal para todos nós!
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