13.11.07

3 meses


Foto tirada dia 2 de novembro, feriado de Finados, na casa da minha mãe.

Reparem na mão que abraça a outra. Nos olhos fixos no estranho, a câmera.
Na concentração do momento.
E no segundo seguinte, sorri espalhafatoso. Dá gritinhos com as mãos para o ar.

O Enzo é um eterno mutante como todos nós, como toda a vida.
Imagino se ele me olha com olhos constantes, ou se muda de opinião cada vez que me vê
Ou melhor, se muda de opinião e de olhos, de olhar e ver a cada instante
E se a supresa é sempre melhor a cada encontro nosso

Imagino porque pra mim, é um pouco isso
Ter o Enzo na minha vida é uma constante surpresa
Eu nunca sei se ele vai sorrir ou chorar comigo
Eu nunca sei se ele vai ficar no meu colo
E mesmo assim, com as mutações inerentes desse biju-ser que aprende
Eu sempre terei a certeza do amor que tenho por ele
(e ele já terá por mim? eu já sou algo que ele sabe o que é? meu cheiro, meu colo, meu riso?)

Das mudanças de estações
Das trocas de fraldas
O que é permanente, Enzinho
É o amor

O meu por você
o da flor pelo pássaro
da chuva pela terra
da vida por viver

Vou ficar com saudades

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