Quando eu tinha uns 5, 6 anos, meus pais me deram um guarda-chuva.
Era um guarda-chuva para meninas de 5 anos, pequeno, de plástico.
O cabo era de plástico branco, os aros de metal - que beliscam as pontas dos dedos na hora de abrir - terminavam em bolinhas plásticas para não furar olhinhos no jardim de infância.
O meu guarda-chuva era de plástico amarelo. Amarelo ovo.
Só que o plástico era transparente de maneira que se você estivesse embaixo dele,
veria nuvens amarelas e um céu verde!
E claro, a chuva caindo, caindo, em gotinhas amarelas e translúcidas refletidas no sol!
Eu torcia pra chover, e se não chovesse, saía por aí com meu guarda-chuva amarelo,
olhando os olhos azuis se tornarem verdes, os carros, as placas, a vida mudar de cor.
Ontem, na hora de dormir, me lembrei do meu guarda-chuva amarelo.
O meu filtro para a vida dourada,
estou com ele aberto desde então.
Que lindo... (Será que a vida dourada existe de verdade, mesmo sem o guarda-chuva amarelo?)
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