11.3.09

Turquia


Mesquita Azul, Istambul, Turquia

Foi mais ou menos uma foto como essa que vi quando eu tinha uns oito anos numa revista Geográfica Universal. Me causou um impacto inesquecível.
Istambul sempre ficou no canto dos meus sonhos - acho que mais ou menos junto com o sonho de ser astronauta, bailarina, mergulhadora, princesa, cantora pop, cientista, escritora, cineasta, maratonista, surfer girl - e vez ou outra vinha à tona em conversas, cenas de filmes, reportagens...

Prometi a mim mesma que iria visitá-la na minha lua de mel, uma viagem romântica a dois...

Até que a minha ficha caiu:
Estou envelhecendo cada vez mais rápido exatamente porque deixei de lado inúmeros sonhos e vontades - por circunstâncias, situações, imposições que eu mesma inventei!

Quem disse que eu tenho que estar em lua de mel COM ALGUÉM mais que eu mesma para ir à Turquia? Fui eu.
Quem inventou essa história de viagem romântica? Fui eu.
Ah, então eu acabo de inventar uma coisa nova:

Eu vou para Istambul agora - porque agora é a hora que tenho tempo e dinheiro e saúde. E AINDA SONHO.

Chego na antiga Constantinopla dia 16 de março. Vou com meu primo Vinicius, a melhor versão humana de mim mesma no sexo oposto. Ele é mais novo, mais viajado e mais bonito do que eu. Vai dar super certo.

Estou empolgada e até meio anestesiada.
Eu vou de encontro a um sonho muito muito antigo.
Num momento muito muito digamos, estranho da minha vida -
insatisfeita com a vida profissional, amorosa, sexual, financeira e espiritual (e todas as outras vidas que uma pessoa humana possa ter!)
- vou fugindo de um tanto de coisas que evito pensar
mas é difícil não pensar que esse passo é o melhor e o mais certo que eu poderia dar no momento!

Fugir para sonhar
É um medo diferente.
Mais ou menos igual ao que senti quando finalmente entendi o que é um compromisso espiritual.

Vou conhecer o meio do mundo, o lugar que dividiu impérios, que lutou contra todas as grande nações antigas. Com a sua identidade, mas que também abraçou as outras que ali se forçaram entrar; com a sua gente, apesar de receber hoje etnias e religiões de todo o mundo.

Eu sinto que desde sempre, o Oriente me chamava em segredo.
O Budismo abriu minha mente.
A Turquia vai abrir meus olhos, meus sentidos todos, para o outro lado do mundo.

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