24.8.06

Caixinhas velhas

Tô jogando caixinha fora, vai querer?
Não tem mais nenhuma que me faça gosto...

Se antes cabia, é porque eu não vi o quanto sobra pra fora.

O amor tem volume demais! E não entra na caixa relacionamento;
nem amigo, nem parceiro, nem amante, nem marido.
Nem sozinha.

O que muda todo dia - sem aresta, sem beira, caiu da prateleira, quebrou a caixinha, desceu ladeira abaixo.

Eu agora mando em tudo que se mexe em mim. É essa inércia que derrubou a estante! Ela toda, com tudo em cima!

Não vou construir outra. Não vou inventar caixinhas.

Eu vou ficar quietinha, andando pra frente com o coração atrás das costelas, dos músculos, das veias e artérias.

Tô jogando caixinhas fora -
No lugar delas, um vão imenso, alto, denso.

Um volume vazio de agora, de eu, de hora após hora.

Um comentário:

  1. nossa...
    muito você!!!
    muito eu!!!!!
    acho que muito um pouco de cada um!
    amei!!!!

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