26.8.06

Na seca

Eu corro.
Ganas de abraço, apertado.
Sem fôlego, as pernas cedendo.
O ar ardido entrando seco no peito.
Sangra o nariz.
O coração.
Meu corpo é um peso - se piso, é grave; no ar, é espírito em forma de gente.

Eu danço.
Sede de água, tudo mais.
O olhar tímido, o sangue aquecendo.
A terra subindo densa no ar.
Corta as bocas.
O coração.
A minha alma é um enfeite - se leve, é cristal; no fogo, é corpo em forma de gente.

Eu sonho.

Um comentário:

  1. fabs,
    seus textos estão se superando!
    cada vez mais intensos!
    lindos!
    mesmo q às vezes reflitam sobre sentimentos meio tristonhos...
    ":)
    bjsss

    ResponderExcluir