11.8.06

A moça e o bailarino

Conheci uma pessoa armada.
No fim, apaixonada, com um abraço longo, me ofereceu seu coração.
Nem estremeci.
Agora, de longe, olho meu reflexo naquela mulher.

A caminho do Teatro Nacional, um bailarino negro em calça jeans, deu dois saltos imperfeitos bem na frente do meu carro no farol.
Só aí, a ternura da moça fez sentido em mim. Sorri.


E se eu comprasse em sapatos toda terapia que vou fazer na vida?

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