13.10.06

Dália Negra

A maior parte das pessoas vai ao cinema porque é bom criar uma certa expectativa sobre a história (que a própria fita promete nos primeiros minutos) e vê-la discorrer de frente aos olhos.

Eu acho que é um pouco porque na vida tanta coisa não vai do jeito que a gente quer, que a gente acaba indo ao cinema para confirmar - isso mesmo que eu queria que acontecesse! Ah, ainda bem que tudo acabou bem! - e sair de lá satisfeita, aliviada, pronta para mais uma série de frustrações, desencontros, mal entendidos.

Bem, eu fui ao cinema hoje à noite para me livrar da chateação de não ter rédeas da minha vida.
Escolhi Dália Negra porque era um policial, ação, fácil de comprar a briga do bem contra o mal, enfim. E era Brian de Palma.

Pô, não foi nada disso!
Os primeiros minutos te vendem os caras errados!
A história não é sobre a amizade dos tiras? Nem sobre o triângulo amoroso? Ah, tá, sobre um crime? Mas, qual deles?
Você passa a maior parte do filme tentando entender praonde o diretor está te levando!!! Ah, é pancadaria? Ué! Elas são ou não são lésbicas, afinal?
Vai ver que é por isso que tem tanto off e flashback nos últimos dez minutos de filme - pra te contar a história que você acabou de ver! - aliás, nunca demorou tanto pra chegar o fim de um filme!

Saí do cinema assim - ufa, ainda bem que eu tenho minha vida! Onde tudo que penso e interpreto acontece na hora errada. Mas pelo menos, não tem narração em off pra me explicar o dia no fim do dia!

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