29.10.06

2.8

Eu encontrei com ele na quinta-feira.
Bateu um súbito baixo-astral, desliguei a ilha e fui pro bar.
De cara, os olhares se cruzaram.

Desde agosto, nunca mais tinha visto a figura.
Não que quisesse, juro.
Mas, marquei o número no celular...

Oi, oi, tudo bem, tudo.
Daqui a pouquinho, do meu lado dançando.
E falando no ouvido, brigando com a altura do som.

Fui pagar no caixa.
- Tem alguma chance da gente ficar junto hoje?
Ix, na lata. Adoro gente na lata.

Coisa de adolescente, no carro, beijo, pára-brisa embaçando.
Então, tchau. Fui pra casa sozinha mesmo. Melhor assim.

E no sábado, toca meu celular.
E mais tarde, de novo.
E retornei, mais tarde ainda.
Aí, lá em casa.
...

Ele tem 28 anos!
Aquela fissura da pouca quilometragem.
A química é boa, sim.
Tem umas idéias tranquilas, seguras, serenas...
Daqui seis anos, vai ser uma figura sensacional.

Não, o coração não disparou.
É, ele falou dele, pelos cotovelos.
Perguntou pouco de mim, ofereci umas informações gratuitas mesmo assim.
Ele é na lata, não tem papas na língua, me fez rir.

Foi embora; não pediu, eu não convidei.
Dormi sozinha, porque é melhor assim.
Ainda é melhor assim.

2 comentários:

  1. fissura de pouca quilometragem?!
    ehehehe...

    essa história tem futuro??
    e q história não tem futuro?
    ":)

    bjossss

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  2. Daqui a seis anos??!! Enlouqueceu???

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