28.11.06

Namoro

Era bem tarde da noite e chuviscava.
Desliguei a ilha.
Cheguei na locação.
Sinto falta de trabalhar como produtora - o frisson do set de filmagem é uma cachaça.

Vi o Fábio de longe.
Esperei o "corta" e fui lá dar um alô.
Sério, não pensei em nada mais que um alô.
Até porque, ele sempre fez o tipo homem casado ou namorando.

"vou pegar seu telefone pra gente tomar um café qualquer dia"
- Ué, pensei. Por que não pega agora e me liga amanhã? Hmm, coisa de homem comprometido

Fui de novo no dia seguinte.
Ele pediu meu número.
Mas não esperou pro café. Ligou ali mesmo, no set.
"só pra confirmar se você me deu o número certo."
Me deu um tremendo frio na barriga.

Na terceira noite, eu fiquei mais de quatro horas no frio e na chuva
Ele me trouxe um café.
Mas não falou muito. Cansaço? Fez as pazes com a namorada? O tipo misterioso?
Vou ligar pra ele antes que ligue pra mim.
Melhor saber logo quantos anos é casado ou se está separado...

E na festa do final do filme
Fui gripada e curiosa.
Ele foi, conversou, conversou, sumiu, veio e disse que tava cansado.
Prometeu me ligar na sexta.

Não ligou.
Mandei uma mensgaem da casa do Sérgio.
"- puxa, como faço pra me redimir?"
Ah! A deixa que eu queria:
- Pode me levar ao cinema no domingo

Vimos Volver. Ele no escuro olhando pra mim.
Comemos crepe. E a conversa rendeu até empilhar as cadeiras.
Na despedida, um beijo no rosto.
Me bateu um medo terrível desse cara ser o homem da minha vida.

Mensagens vão e vem, mais um cinema na quarta.
Vimos Pequena Miss Sunshine. As mãos no escuro entrelaçadas até o fim.
E a conversa rendeu até a sala de estar.
Na despedida, o beijo sorrindo.
E uma desconfiança incrível de que esse homem é o cara da minha vida.

Na sexta, lanchinho na ilha.
No sábado, casa, comida, filminho.
Então, no domingo, sumi - eu tinha que!

Mas o coração já batia forte
O peito ficou apertado
Prometi andar devagar
E um dia já estava demais!

Liguei.
Devia?
Quem liga?
E a certeza absoluta veio com todos os outros dias que seguiram

A primeira semana,
A segunda semana,
Tantos sonhos
E muitos outros planos

Tem tudo pra encher uma vida.
Tenho uma vida pra sentir isso tudo.



27.11.06

Ai...


Meu corpo inteiro dói
Estou exausta de estar cansada sempre
Não me interesso por nada
E morro de preguiça
De tédio

Porque não tem mais nada na minha cabeça
Só no meu coração
Tudo no meu coração
Você no meu coração

24.11.06

De mim

Tudo que escrevi aqui
são pedacinhos de mim que vou juntando
até quando não cabe mais

Daí, ou escrevo, ou falo, ou choro
Ou os três.

E aos poucos vou me enxergando
Do lado de cá da tela
E o reflexo de mim,
Nos outros e no mundo

Eu vou perdendo o medo
E ganhando coragem

E de repente,
como se nada fosse ao contrário
um súbito desejo
um força louca que nasce
de aprender a sonhar

Desses sonhos simples de todos os dias
Que eu nunca me dei chance de ter
E via nos outros com um quê de espanto

Esses sonhos sem graça
De ter uma casa
De ter um bichinho
De ter uma viagem pro Ano-Novo
De jantar com amigos
De dormir
E de acordar
Com os sonhos simples
Com você.

23.11.06

Enfim

firme e leve
certeiro e doce

salgado e macio
meigo e intenso

me deu um susto enorme
e agora

eu só vejo a hora de te ver
do tempo parar

de rir mais uma vez
e de novo dizer
jura? jura? jura?

21.11.06

Saco, viu?

coisas que me irritam:

ser subestimada
fazer o que amo e ninguém notar
ter que dissimular
fingir que não é comigo pra não gritar
calar para não mentir

fazer escolhas chatas
aguentar gente chata
ficar chata

ouvir o óbvio
obedecer regras que não se aplicam

fazer de conta que não ligo
que não quero
que não presto atenção
que não dói

silêncio quando deveria falar alto

pensar pensar pensar pensar





20.11.06

Clichê

Quando eu menos esperava
Na hora e no local mais insólitos
No tumulto da minha vida de hoje
No quase vazio coração

Sem nenhuma pretensão
Esperando por não dar em nada

...

O tornado que varre a rua
É de leve, mas intenso
O sono que chega de dia
É risível

Eu não tenho medo de nada
Não?
Todo temor do mundo
Trepida
No meio da caixa torácica
Bem ali, onde fica o coração

17.11.06

foi hoje

muito sangue escorrendo
gente prensada em paredes de acrílico transparente
acordo num sobressalto, com sono e preguiça.

café na padaria,
corrida pra produtora
terapia

almoço na vovó
pedro na escolinha
tevê

e enquanto isso -
penso penso penso
desfaço
digo
mendigo

anseio a calma
e serenamente me vejo em tudo
desse lado de cá.

pra entrar no lago,
preciso pisar no lodo.
não sei a distância até águas límpidas.
e nem se elas virão!

posso dar passos pra trás
ou me jogar no lago de um vez
mas dessa vez, eu vou andar
no lodo, nas pedras,
até a areia macia, branca
no meio do lago

até o amor chegar.




15.11.06

O filho do Bruno

Já disse muitas vezes, porque sinto
Meu irmão e eu já treinamos em outra vida
E esta é mesmo para sermos somente amigos, unidos, irmãos
No melhor sentido da palavra - amor

Com o Bruno, eu levantei da queda
Eu caí do salto
Eu enxerguei o mundo radical
E chorei a dor que não era minha

O Bruno não divide comigo porque não precisa
Não termina a piada porque já sei
Me dá bronca, me instiga, me julga, me perdoa - sempre

E meu amor por ele cresce com a idade que avança
Um pra mim, um pra ele

Então o Bruno me conta
Que é pai
Do bebê que é sementinha na Rafaela
Que sempre está linda,
Mas agora, com olhos mais amendoados, mais brilhantes

A idéia que sou tia
A vontade de chorar e de rir
É tão nova
E tão melhor
Que passar no vestibular
Que ter meu apartamento
Que trabalhar no que amo
Que viajar para qualquer lugar

E um paixão por uma pessoa que ainda não é
E um amor por ser de quem amo tanto

O meu irmão Bruno é uma das tantas almas gêmeas dessa minha vida
E talvez de todas as outras

Antecipo as mil alegrias dos nove meses de espera
Pelo bebê que será meu sangue
Meu parente
Meu pequenino
Meu amado, já

E de súbito
Quero tanto ser melhor
Quero tanto ser mais
Só porque sou tia
Imagina
Sou tia!

14.11.06

Eu não lembro do meu sonho.
Acordei com sono, com preguiça, com vontade de ficar o dia esperando a noite chegar.

Eu amo trabalhar
Mas quero mesmo ficar em casa,
Fazer as unhas,
Pensar na roupa da festa

Eu amo dançar
Mas até pra festa eu não quero ir
Pra ficar em casa
Tomando vinho,
Jogando conversa fora

E enquanto o tempo não passa
E a hora não chega
Me antecipo
De ansiedade
De dúvida
De culpa.

E se der tudo errado?
O erro sempre será meu.

13.11.06

when it rains, it pours.

e até agora, nenhum na mão, mas tantos voando ao redor!

12.11.06

aconteceu de novo!

acordei de um sonho bom.
e veio uma ansiedade monstra.

e pode dar tudo errado
e eu estar totalmente errada
e me decepcionar desde já
e daqui a pouco lamentar
a cara de pau
a agressividade
o furor que inventei na minha vida.

mas eu acordei de um sonho bom

e vou atrás dele
até enxergar de novo o real.

11.11.06

semente

eu mandei fazer chover na minha horta.
mas talvez, as sementes estejam afogando.
e não é bem de água que a horta precisa.

a minha horta precisa de sol, muito sol
e uma brisa leve e morna
da terra macia e cheirosa

e de tempo para cada sementinha que já plantei.
será que de tanta chuva, as sementes morreram dentro da terra?
afogadas, podres, fim?

se eu mandar parar de chover
o sol vai sair com certeza?
e a brisa, promete soprar?

será que matei todas as sementes?
ai, onde arranjo mais dessas
semente de cara legal que lembra de mim pra pegar um cinemix?
de bom humor, de gostar de dançar, de falar, de ligar pra falar alô?
de dormir, e viajar, e sonhar alto mesmo se não for pra ser?
de ir no mega casamento de dezembro, bonitinho, do meu lado?
onde, onde, onde?

10.11.06

essa sensação de querer que o outro queira o que eu quero que ele queira. fazer as pessoas se encaixarem no meu pequeno cenário. há tempos eu não sentia tanta necessidade de voltar a ser meu velho eu. e hoje de repente, tudo ficou sem sentido. contei minhas peripécias com total desenvoltura e senti um descaso de mim mesma com tudo que tenho vivido. mas no fundo, não é em vão. estou treinando, exercitando, aprendendo os meus limites de mulher. só que ainda assim eu sinto uma falta imensa do telefonema que nunca chega. e da falta que um alguém faz. agora, doente, com febre e ninguém para saber se melhorei: e toda minha crise cabe nessa folha de papel. é que eu quero amar e ser amada... e as pessoas passam pela minha cabeça e eu sinto um ímpeto de ligar. mas quando messo a ação, desisto. não vale a pena gastar o cartucho e me sentir desamparada mesmo assim. eu cuido de mim. a vida é gigante e não cabe só no ato de amar um alguém. foi bom ir à festa, ver os olhos olhando pra mim. e escolher ir pra casa sozinha porque é melhor ser sincera comigo mesma vestida - porque nua, é mais difícil encarar o tamanho do erro. eu liguei pra ele e foi uma conversa leve, como sempre. mas algo me diz que ele não me quer por perto... então fico onde estou. porque de novo, é mais fácil decidir essas coisas com a roupa no corpo... eu tenho me estranhado mas não quero voltar atrás. não sinto saudades de quem fui e nem de ninguém em particular. mas eu sinto saudades do conhecdio, do sabido, do certo. da verdade absoluta, da pergunta com resposta. coisas que há tempos eu não tenho. eu joguei fora as caixinhas e tenho que construir coisas novas para por no lugar. mas há momentos, como agora que o cansaço bate e até o arrependimento bate - por que jogar fora? o que deu errado mesmo? até aqui, também não deu certo... pra quê? uma vontade de ouvir a voz de alguém - qualquer alguém - no telefone - dizendo a verdade: que bateu uma solidão, que pesnou em alguém, que me ligou; mas eu vou desligar o celular para não correr o risco de falar o que não quero para quem quer que seja... pela primeira vez, de verdade, eu não quero mais uma relação, mesmo ainda com vários sentimentos. sou eu quem não quero mais alimentar uma ilusão, uma amizade, um sonho. eu tenho certeza que vai acontecer para mim. e será muito em breve. e estou sabendo o que eu estou dizendo - que eu sei, eu sinto, e tem um lado que torce que seja ele - que em muito pouco tempo, os ventos do amor recíproco vão soprar por essas janelas novas, abrir as rugas das cortinas, resvalar nas paredes que cheiram a tinta branca. esse amor já tem meu endereço, com cep e tudo mais, e aguarda pacientemente sua vez de entrar na bolsa do carteiro.

9.11.06

É sério. Eu só quero dormir.
Mas a vida me empurra pra fora da cama,
Coisas a fazer, gente pra encontrar.

Juro, eu só penso em deitar na minha cama maravilhosa e sonhar todos os sonos.
E lá vem o telefone, a campainha, o interfone
O homem da persiana
A costureira
A agenda do fim de semana lotada

Eu quero fechar as cortinas,
Por um som baixinho
Uma camiseta velha
Pular dentro das cobertas
E mal fechar os olhos

Mas então já é segunda
E de volta aos dois empregos
Ao apartamento inacabado
Aos tantos sonhos que não viram realidade.

8.11.06

Fuga

Estou cansada
Doente

As coisas acontecendo
E eu em casa, louca pra entrar debaixo das cobertas

Quero ser a Bela Adormecida
Só pelos cem anos de sono profundo

Corri tanto atrás
E agora, quero parar
Ficar quieta

Shhhhhhhhh
Silêncio...

7.11.06

Invenção

Estou rodeada de passado por todos os lados.
Por onde ando, as músicas que ouço. O que faço.

Mas evito, viro o rosto, finjo que não vejo.
Invento um todo dia, toda hora.
Não quero ter o tempo de roçar no passado...

Impressões que não impressionam

Comecei a escrever, apareceu uma pessoa no msn, o computador travou.
Tenho zil coisas pra resolver e uma preguiça gigante de postar aqui minhas impressões.

Por agora, cinco filmes:

A vida secreta das palavras
A fonte da vida
O homem da embaixada
Candy
Wall Mart

Nessa ordem de preferência, no Festival Internacional de Cinema de Brasília.

...

Não vou mais escrver sobre sexo. Enjoei. Até porque, quem muito fala, pouco faz...tô dando muita bandeira, hehe.

A seguir cenas dos próximos capítulos...

5.11.06

Sexo : hormônios

Descobri que masturbação é bom logo depois que fiquei menstruada pela primeira vez.
Acho que o efeito dos hormônios bateu forte.

Talvez não aconteça com todas as mulheres, mas eu sou muito atenta ao meu corpo.
Eu sinto vontade e faço.
E sei que estou com mais vontade quando estou ovulando.
E sei qual ovário do mês.
Então funciona assim:

Semana um - mods, cólica, dor nas costas, pernas pesadas, preguiça, preguiça, preguiça.

Semana dois - magrinha, fininha, lindinha, zen total...

Semana três - ovulação (cólica diferente se é o ovário direito), avalanche de hormônios que desaguam nos lábios, na barriga, no corpo todo.
Impossível de resistir - e pra quê?
Essa é a melhor semana pra qualquer tipo de sexo - sozinha ou acompanhada. Com álcool, com drogas ou no seco mesmo.
Até aqui, passei a maior parte da minha vida adulta solteira, e a semana três já foi vivida solo de mil maneiras - cenários, astros do cinema, o vizinho do lado, leituras, sonhos eróticos dos mais variados - sério, muitas vezes a semana três sozinha foi melhor que outras acompanhada...

Semana quatro - TPM, inchaço, vontade de chorar, de comer carne, de comer chocolate, de bater em algúem, de chutar um cachorro, de enfiar o carro no primeiro muro! - as minhas TPMs estão ficando piores com o avanço da idade. A vantagem é que envelhecer me trouxe a serenidade de administrar o demônio que desce em mim. O meu corpo reclama, minha mente faz o melhor para amenizar o inferno. E tem algo de sexy nisso também.

Na verdade, masturbação é bom em qualquer semana. Sexo então, nem se fala.
Mas na semana um por exemplo, não dá pra deixar rolar se for a primeira com o cara.
É que eu entendo a menstruação como um exorcismo orgânico: joga-se fora tudo que não cabe mais, é um alívio, é como vomitar quando o estômago tá ruim. E sexo tem um outro movimento, muito mais de acolher, receber...

E tudo isso, com as bênçãos dos hormônios pululantes - que sua o pescoço, que dá água na boca, que incha os seios, que faz o corpo querer, que passa por cima dos pensamentos, que comanda as mãos, os quadris, e faz do sono o melhor lugar para se estar depois do sexo - só ou acompanhada.


4.11.06

Sexo : tato

O meu casamento acabou porque o sexo não era bom. E nem frequente.
Eu acho que é a primeira vez que eu assumo isso assim, na lata.

Fiquei com o mesmo homem cinco anos.
Eu era apaixonada.
Mas, o incrível é que o sexo era ruim.
Era pouco,
era rápido.

Pode ser a coisa latina
Ou porque no exterior nasce uma carência que não é exatamente sexual.
Mas de toque.

Aquele tocar suave no ombro.
O encontro das mãos,
As pernas entreleçadas em cima do sofá.
Massagens, massagens, massagens.

Não tive nada disso por cinco anos.
Então, quando era hora do sexo - uma vez por semana, no sábado de manhã -
tinha que ter tudo - tocar tudo, encostar, tatear, esfregar.
Mas sempre acabava antes do tudo...

O tocar às vezes nem é assim tão sexual.
Um abraço longo de amigo. E eu não tinha amigos que me tocassem.
Beijinhos nas bochechas. E não havia crianças por perto.
Cócegas nos pés. Que falta fazia meu irmão!

O toque é sempre essencial.
É estímulo no maior órgão do corpo humano!
A pele.
Que serve pra tanta coisa!
Que deve ser tocada com frequência, por tudo e por todos!

Eu não sou pegajosa.
E nem gosto de gente que gruda em mim.
Mas, no minuto que pus os pés de volta no Brasil,
e fui abraçada, beijada, tocada pelo sol!
O casamento acabou.
Porque eu achei minha pele de novo, nas mãos dos outros!

Então tive um parceiro que só perdeu o trono de melhor sexo esse ano!
Era minha sede de toque
Eu queria muito
Tudo
Toda hora

Eu não fui apaixonada pelo paulista.
Mas ele curou minha pele.
E me lembrou que tocar,
A pele,
é quase um órgão sexual em si.

.......

Os hindus acreditam que a energia do seu parceiro fica com você por sete dias. Pronto. Hoje é o último dia.

2.11.06

Sexo : química

É isso mesmo, aquela que estudamos na escola.
A tabela periódica do corpo. Cada elemento na sua devida casa.
Mas quando combinados, tantas possibilidades!

Química de pele, de cheiro de jeito.
Um sorriso de canto de boca que pode derreter uma montanha de gelo!
A língua, a mão, o perfume no pescoço... já falei da língua?

E os sinais químicos que temos - nós os humanos - são tão estupidamente pré-históricos que nem vale a pena falar deles. Por favor, leitores, todos nós sabemos do que estou falando.
É um saber do sentir, não do explicar. Então, fodam-se os cientistas. E fodam-se com orgasmos múltiplos, devo acrescentar!

A minha antena detectora de química funciona bem e rápido.
Eu tenho também um apito interno que sabe quando a antena do outro dectou química por mim.
E no decorrer dos anos, acoplei um dispositivo que anuncia, cada vez mais cedo, que mesmo quando a química será perfeita, os resultados serão desastrosos. Aí, aborto a missão sexo.

Pois é, porque há casos de química perfeita para explosivos. Essas são ótimas durante a trepada, mas a enxaqueca depois não vale a pena...

E agora que já tenho anos de quilometragem - perdi a virgindade com 19 anos - tenho 34 anos - (e não, não vou dizer quantos parceiros já tive porque isso é idiota demais) - admito: a química é cada vez mais uma empatia de pensamentos, de ironias, de sacações, de diálogos intrigantes, tudo somado aos sinais do corpo, que a antena capta tão bem.

Química, gente, é igual sushi. Se for bom, você já sai pensando quando vai querer comer de novo. E um dia, acorda com umas ganas incontroláveis de repetir a dose!


1.11.06

Sexo : amasso

E então senhoras e senhores, vem o tal amasso.
E amasso é bom de todo jeito.
Aquele do canto da festa, que a sacanagem é limitada pelo contexto.
O do carro, limitado pela geografia.
Mas amasso toda hora, em qualquer lugar, é bom demais.
Só não dá amasso no cinema.
Dividir a atenção não tem a menor graça. Não. Deixa o amasso pros créditos pelo menos!

No amasso, o timing é de suma importância.
Porque se a mão vai por debaixo da blusa cedo demais, irrita - tá me achando fácil assim, é?
Agora, se demora demais pra desabotoar o botão do jeans - ô meu filho, acorda!

Parar e recomeçar também é ótimo. O esfria, esquenta funciona que é uma beleza!

Minha gente, cada um é cada um, como diz meu sábio tio José.
Mas amasso tem pra todos!
Escolha o seu, pratique o esporte.
Sem pressa, sem querer ser melhor que o outro.
O melhor mesmo, é ser bom pra você!