30.8.08

Ressaca

Ontem foi meu aniversário e muitas coisas sairam exatamente como planejei
Não fui trabalhar, caminhei no parque, fui pra academia, almocei com a família, recebi amigos...
Mas nem tudo foi como eu esperava, especialmente no quesito ligações telefônicas
Eu queria receber algumas, nem tanto outras...e não foi bem assim.

E dai que eu tive um insight incrível após uma ligação:
Eu posso passar o resto do tempo pensando nisso
Ou eu deixo a ligação ser somente uma ligação
(yes, sometimes a cigar is just a cigar)
E o mesmo valeu pra outros telefonemas que nunca vieram.

Foi então que finalmente eu saquei total:
Se todos os dias fossem meu aniversário
Eu poderia então escolher que todos eles seriam muito especiais
E portanto, nada de ruim que acontecesse iria perturbar a alegria desejada!

Logo, eu decreto a partir de hoje,
Que todos os dias que viverei
Serão como o dia do meu aniversário
Um dia especial e cheio de expectativas boas
Que nada de imprevistos ruins vão atrapalhar os planos de felicidade!
Tin-tin!

29.8.08

Coisas que aprendi aos 35

1. Ser tia é sensacional
2. O amor renasce sempre com um novo amor
3. Meditar é muito bom
4. A rotina tem encantos
5. RPG resolve muita dor na coluna
6. Acupuntura resolve dor de qualquer coisa, até de cotovelo
7. Fitoterapia salva
8. Dançar ilumina
9. Sexo alivia
10. Ilha de edição em casa é trabalho dobrado
11. Continuo com vontade de ter uma família
12. Isso significa ser mãe e marida
13. Dança do ventre é mais que dançar
14. Não ver noticiário faz pouca diferença
15. Viajar para praia é luxo essencial
16. Lingerie bonita também
17. É possível amar alguém por uma noite (tudo bem, duas)
18. Minha família diminuiu por opção minha
19. Minhas relações estão mais equilibradas - 50% de cada um
20. Sou um ser espiritual
21. Me perdoei por erros que cometi
22. Me dei conta de erros que não foram meus
23. Pensar menos é melhor
24. Comer menos também
25. Tá - beber menos1
26. Chá de boldo antes de dormir
27. O mantra pra acordar
28. Ser voluntária é quase que ser paga pra ver os outros felizes
29. Sol é tudo
30. Sou o farol da minha vida
31. Sou medrosa.
32. Meus pés de galinha ao redor dos olhos estão aumentando
33. Minha paciência também
34. Sim, e a minha fé
35. O budismo me trouxe de volta pra mim
36. É bom vestir minha pele - agora de cabelo cortado, então...

27.8.08

Monossilábica

Ando sem assunto.
Ou melhor, penso em vários, mas censuro todos.
Estruturo várias pequenas historinhas,
Esqueço todas antes de sentar na frente do computador.

Este blog era pra ser uma descrição dos meus dias, das minhas idéias.
Não tem sido bem assim essa semana, tudo bem

Tenho me emocionado por pouco,
Chorado sozinha
Não é bem tristeza, só emoção mesmo...
Difícil explicar essa coisa mulherzinha

Talvez seja a pílula
Ou o aniversário
Ou só eu mesmo - me dando conta de que realmente
Tudo que eu sempre tive foi o agora. (isso é meio triste e meio libertador - e dá vontade de chorar!)

E essa mania feia de querer me agarrar a tudo e a todos?
Reviver momentos
Ruminar falas
Repensar sentimentos
Pra nada
Porque por exemplo, neste exato momento

Estou em casa
Minhas duas violetas, meu cacto e eu
A TV fazendo barulho
E um livro me esperando no quarto - só. Ponto. Acabou.

Sim, meu último surto consumista
Comprei um livro na Livraria Cultura
Menino, tinha esquecido o quanto é bom estar chateada e dar um pulinho na livraria!

Vamos lá
Philip Roth

Tudo de bom

Se o trampo tá ruim
O amor tá mal
A saúde tá médio
O dinheiro tá zero

...

É sinal que tudo ficará SENSACIONAL em pouco tempo!

...

E na minha meditação de hoje veio tantas alegrias juntas!

25.8.08

Voltando atrás

Ô coisa chata é se dar conta de que perdeu uma oportunidade
Seja de conhecer alguém melhor
Seja de repetir o prato
Seja de um chance pra outra vida

Agora...
Agora, é só isso mesmo.
O Agora.

24.8.08

Quatro pessoas

Passei quatro finais de semana como voluntária na festa do Templo Budista.
Minha tarefa foi, essencialmente, fazer uma rápida visita guiada com os interessados que subiam as escadarias até a nave do templo.

Das oito noites que fui guia, talvez tenha falado com umas 500 pessoas no total. Mais umas 50 com quem falei nas escadarias, na porta de entrada...
Destas 550 pessoas com quem tive contato direto, quatro delas ficaram comigo.

As duas primeiras pessoas, um casal que fez a visita guiada. Chegaram de mãos dadas, curiosos e em silêncio. Ao final da visita, me disseram que vão a um casamento budista em São Paulo (do irmão dele) e querem saber mais sobre a filosofia para participarem mais da festa. Conversamos sobre meditação, leituras e viagens. Sorridentes, saíram prometendo voltar. Hoje à noite, lá estavam novamente.
Desta vez, fizeram a meditação, e me contaram que virão para os encontros no curso de budismo também.

A outra pessoa, a tia Diva. Ela é mãe do Luis, um amigo de infância que ainda encontro vez ou outra pela cidade. Eu estava na porta do templo porque uma meditação ia começar. Quando ela me viu, os olhos dela se iluminaram, ela abriu um sorriso e eu um outro enorme. Ela não hesitou nenhum segundo em tirar os sapatos e entrar para a prática. Na saída, me disse que há dias vinha pensando no quanto está em falta com o silêncio interno, esse momento meditativo, tão difícil de descrever. Me agradeceu por eu estar ali, e isso me emocionou profundamente. Sou eu quem agradeço você, tia Diva.

E por último, uma adolescente, que de tão linda, me chamou a atenção. Subiu e desceu as escadarias umas cinco vezes, e me fez a mesma pergunta uma três. Na porta, mordendo os lábios, ela pensava se entraria ou não para ouvir o monge Sato falar. Eu não resisti
- Olha, eu acho que você deveria entrar. Você já subiu e desceu essa escada cinco vezes! Não pode ser só pela atividade física.
Me olhando surpresa, ela sorriu. E eu aproveitei para falar mais:
- Se você realmente não quisesse, você não estaria aqui. A gente sempre tem certeza do que a gente não quer. Entra, escuta. O máximo que vai acontecer é você sair achando que perdeu 30 minutos da sua vida.
Ainda sorrindo, ela tirou os All Stars de caveira e com as meias listradas de rosa e branco, entrou na nave.
E saiu com o belíssimo rosto sereno e em silêncio.
Aliás, todas as pessoas saem em silêncio. Aquele que vem da mente, não da boca.

Agora em casa, é difícil não me sentir orgulhosa e vaidosa pelo meu feito - fui o canal, o guia, o caminho por onde estas quatro pessoas passaram para viverem uma pequena experiência direta no budismo.
E estes sentimentos de alegria são estranhamente voláteis - porque eu sei que apesar de pertencerem a mim, também vão acabar.
Mas só a oportunidade de ter vivido estas oito noites intensas, transformam essa alegria passageira em profunda gratidão.
A mesma gratidão que ensinei hoje à menina Ana, que ao fazer a reverência do incensamento, repetiu comigo:
Obrigada Buda Amida por estarmos hoje aqui nessa festa.
Namandabu

Não me deixe só
Eu tenho medo do escuro
Eu tenho medo do inseguro
Dos fantasmas da minha voz...

Não me deixe só
Tenho desejos maiores
Eu quero beijos intermináveis
Até que os olhos mudem de cor...

Não me deixe só
Eu tenho medo do escuro
Eu tenho medo do inseguro
Dos fantasmas da minha voz...

Não me deixe só
Que o meu destino é raro
Eu não preciso que seja caro
Quero gosto sincero de amor...

Fique mais
Que eu gostei de ter você
Não vou mais querer ninguém
Agora que sei quem me faz bem...

Não me deixe só
Que eu saio na capoeira
Sou perigosa
Sou macumbeira
Eu sou de paz
Eu sou do bem, mas...

Não me deixe só
Eu tenho medo do escuro
Eu tenho medo do inseguro
Dos fantasmas da minha voz...

Fique mais,
Que eu gostei de ter você
Não vou mais querer ninguém
Agora que sei quem me faz bem...

Não me deixe só
Que eu saio na capoeira
Sou perigosa
Sou macumbeira
Eu sou de paz
Eu sou do bem, mas...

Não me deixe só
Eu tenho medo do escuro
Eu tenho medo do inseguro
Dos fantasmas da minha voz...

(Vanessa da Mata)

23.8.08

Instantes

Quando há muito suspenso no ar,
Muito o que ser resolvido
Muito o que ser decidido
E pouco, muito pouco que eu possa fazer
Espero

E se antes a espera era doída
Angustiada, excessiva
Agora, respiro
E acho em todo o momento
O motivo certo para estar bem
Mesmo na espera
com angústia, expectativa e ansiedade
Porque estar bem
É mais importante
Do que não-estar

21.8.08

Corpo ou mente?

Fiquei doente hoje.
Acordei enjoada, pensei que pudesse ser a meia taça de vinho de ontem
somada aos salgadinhos fritos

Não sei dizer.
Fui embora mais cedo do trabalho
Um enjôo enorme, dor nas entranhas
Dor de cabeça até agora.

Não é sede
Não é sono
Não é fome

Será que me dei conta do medo que tenho de não ter coragem?
Será que tomei a decisão certa?
Será que abrir mão do concreto pelo sonho
É tão difícil assim de aguentar?
Meu corpo me diz que sim -
Estou enfrentando tudo e todos
A praticidade, objetividade da vida
Em prol do impalpável, improvável
Tão sonhado algo
Que nem sei bem o que é

20.8.08

Não resisti...

VIRGO [August 23–September 22] "The advantage of the incomprehensible is that it never loses its freshness," wrote French poet Paul Valery. From that perspective, Virgo, I bet you'll be sparkling and brisk in the coming days. There will be so much delightfully hard-to-understand novelty flowing your way that you'll be awakened again and again and again, rising each time to a higher level of awareness.

Lindo, né?

19.8.08

Contando...

Faltam dez dias pro meu aniversário e ao contrário de TODOS os outros anos,
estou mega, ultra, power feliz, feliz, feliz!

18.8.08

O retorno

Tive um sonho incrível a noite passada.
Voltei a sonhar como se estivesse vivendo aquilo, e acordei me lembrando de cada detalhe, finalmente.
Estou com preguiça de descrever o sonho porque já fiz isso em email pras pessoas com quem sonhei.
Mas o bom é que foi intenso, real e bem detalhado.
Foi quase erótico, quase premonitório e com pessoas incríveis.

Acho que minha fase de sonhar acordada acabou e os sonhos voltaram pro lugar aonde eles pertecem - no silêncio das noites profundas de sono feliz.

Meu inferno astral acabou.

17.8.08

O ladrão

Ontem à noite, foi meu dia de gravação da Festa do Templo.
Fiz várias imagens da cozinha, dos preparativos, do sino tocado pelo monge Haritami.
(ainda não vi o resultado, mas farei isso já já)
Subi até a nave para aproveitar o lugar vazio e fazer imagens do altar.
Fiquei pouco minutos ali quando a Cris entra com aquela voz calma
- Gente, acabou de entrar um ladrão aqui.
Nos fundo do altar, tem uma porta que dá pra secretaria do templo, onde o provável ladrão pensou ter rios de dinheiro, talvez.
Não teve muito tempo, pois há inúmeros seguranças na festa e o homem foi tocado dali na correria, mas ninguém o alcançou.
Essa foi a história que ouvi contarem.

Passei o resto da festa rondando pela multidão com a câmera ligada.
Na minha cabeça, pensava no ladrão. Aquele que entrou pelos fundos da nave e nos ladrões de outras coisas da minha vida.
O ladrão do templo teve acesso até certo ponto, mas foi detido no momento certo.
Dele, não senti medo nenhum.
Mas, e os outros ladrões:
O ladrão do tempo da minha vida - que me rouba os minutos, as horas com a imensa preguiça que me assola?
O ladrão da firmeza - que me rouba a clareza de pensamento e me obriga a estar com pessoas que eu prefiria não estar?
O ladrão da serenidade - que me rouba a mente tranquila e me enche de expectativas, ansiedades?
Destes, tenho um medo enorme.
Estão roubando de mim e eu ainda não os detive! O que estou esperando?

Fui embora um pouco febril e cansada.
O ladrão da saúde ainda nos meus calcanhares. Essa gripe da seca de Brasília.

Eu acho que no fundo, estou à espera de outros para afugentarem meus ladrões.

15.8.08

TPM, Inferno Astral e a famosa meia-idade

Farei 36 anos dia 29.
Como todo ano, corto o cabelo e compro um vestido novo.
Tem bolo de chocolate e coca-cola.
E a fatal crise pré-niver começou.
Meu desânimo no trabalho é gritante.
Pensei que uns dias na praia me trariam boas idéias e pique pra rotina.
Nada. A cada dia, minha empolgação é menor.
Não quero, mas me sinto encurralada:
Não tenho como chutar o balde e ficar desempregada
(até porque, o próximo "emprego" que eu arrumasse, teria tantos ônus quanto o que já tenho.)
Não me animo a mudar de área, amo editar.
Fazer um mestrado, um curso, nada disso me estimula.
Profissionalmente, me sinto em declínio.

Meu ânimo está na vida lá fora da ilha
A dança
O templo
O Enzo
As viagens que sonho (e que não tenho como pagar)

Eu sei que isto também passa...
Mas é inevitável pensar na minha vida até aqui de um modo crítico -
Afinal de contas, quantos passos eu dei pra trás durante todo esse tempo na TV?

12.8.08

Pescoço

Nosso pescoço liga a mente ao coração.
O meu ficou duro nesse domingo.
Outro torcicolo.
Ninguém merece!

11.8.08

dica da semana

VIRGO [August 23–September 22] The light in your eyes looks a little foggy, Virgo. The fire in your belly seems to be dying down, and your brain has started to hiccup. Am I worried? Not at all. After the nonstop breakthroughs you enjoyed for a while there, I expected that you would eventually need time to slow down and let it all sink in. So I suggest that you cultivate a state of low-key contentment as your deepest mind integrates the transformations you've set in motion.

9.8.08

O incrível sentimento da compaixão

É fácil ser compassiva com aqueles que amo -
A compaixão é uma consequência de um profundo amor
É a santa paciência que tenho com tantas reclamções do meu pai
É o profundo silêncio que faço ouvindo os gritos da minha mãe
É o enorme sorriso que tenho para o Enzo, com tanto ainda para viver

O difícil mesmo é ter compaixão quando há ressentimento
Como eu posso estar no lugar do outro, ver de onde ele veio
Se martela na minha cabeça todas as dores que já senti por essa pessoa?
Como posso não criticar, não me irritar, não esbravejar
Quando sei que tudo que acontece agora é consequência de tudo que veio antes?

A compaixão deve ser: estar ciente de tudo isso, e somente SERVIR
Servir ao outro mesmo sabendo das tantas dores que ele causou
Servir de corpo e alma, levando pro hospital, ligando pra saber se melhorou
Servir abdicando da preguiça, do tempo livre, dos outros afazeres
Servir sem vaidade, sem vingança, sem hipocrisia

Saí do hospital me esforçando para entender tudo isso
E no sinal, um homem segurava uma placa - sou ex-presidiário, desempregado...
Veio em mim uma profunda pena daquela pessoa.
Dei uma moeda porque me imaginei presa numa cela e agora ali, livre na rua.
Então, imediatamente entendi:
Estava trocando a compaixão por um, para dar esmola a outro.

Me senti extremamente frágil, humana e REAL.
Nesse mundo de carne e osso, como sentir a verdadeira compaixão?

7.8.08

As 108 ilusões

Quando o Dharma diz que tudo na vida é ilusão, reluto um pouco.
Mas ontem, entendi exatamente o que isto quer dizer:
Filtramos o mundo através do nosso corpo físico e nossa mente.
O nosso ego é um coador do mundo.
Tudo que absorvemos, vem através do corpo e da mente.
Então, sofro pela ausência de alguém, ok.

Mas vem que daí meu celular toca.
É minha mãe avisando que minha avó, aquela que acaba de fazer 80 anos,
Está na emergência do hospital.

Numa fração de segundos, tudo muda
Minha perspectiva do mundo à minha volta gira, agora, em torno da minha avó.
Lembranças passam rapidamente e me vem um medo da morte.
Ora, se sou capaz de mudar meus sentimentos e emoções de um sofrimento para outro,
O sofrimento é afinal, apenas uma questão de PERSPECTIVA. - logo, uma ilusão.

Já bem abalada, chego na emergência do hospital.
E de novo, tudo muda mais uma vez.
Sentados em cadeiras, de pé, pessoas de todos os jeitos, aguardam na fila.
De todos ali, a minha avó é a doente mais saudável - sorri, me abraça, conversa baixinho.
Horas depois, saio dali com uma certa surpresa no olhar

Eu sofria por amor, depois por medo! Agora, sinto uma grande compaixão por todos.
Por aquele que não está aqui, pela minha avó, pelas pessoas na fila de espera da emergência.
E sinto também uma enorme gratidão.
Eu enxergo tudo. Com esses olhos que selecionam, interpretam, editam...
Eu vejo que tudo é como é porque eu sou como sou - carne, osso, mente.
Mas na verdade, se eu deixar de SER, tudo deixará de ESTAR
E isso é a iluminação.

Passando, passando, passou!

Ufa!
Pronto!
Nada como uma sessão dupla de dança do ventre pra me lembrar
Que o meu umbigo é mesmo o MEU CENTRO
E que não há nada demais em estar feliz
Sonhando, plantando e aguando planos mil

6.8.08

Viciada

Estou totalmente improdutiva.
Há tempos, já.
A desculpa antes era a dor de cotovelo, depois a falta de trabalho
Depois o excesso.
Depois a proximidade do recesso.
E aí veio a praia, o mar.
Me convenci de que ia recomeçar diferente, novas rotinas, projetos
Mas não.
O fato é que tenho pilhas de coisas pra resolver
E esqueço de todas quando tenho o tempo para fazê-las
Saio do trabalho com mil horas de vida
E vou para casa
Admito
Fazer nada
Estou viciada na preguiça de não fazer nada
Estou viciada na internet
Estou viciada na TV
Estou viciada em dormir cedo e acordar atrasada
Estou viciada em não comer bem
Estou viciada numa vida besta sem rumo
Estou viciada no vício de não agir ou reagir
Eu não sei se consigo quebrar o ciclo
E ser a pessoa que eu sei ser quando quero
Eu não sei se quero ser a pessoa que quero
Eu não sei se quero nada
Eu não sei nada
Eu nem sou eu

5.8.08

Ilha

Depois de quase 40 dias, estou de volta à ilha de edição.
É mesmo uma ilha, sem janelas e sem ar (só o refrigerado que bate bem na sua testa)
De costas para a porta que dá para um estreito corredor,
De frente para a luz branquíssima que atrapalha enxergar os 3 monitores bem na minha frente.
Não tem telefone, e apesar de ser um bom computador, não tem internet não.
Fico ali, 7 horas de novo.
Faço a edição de um programa de música, um por semana, uma hora de duração.
Daria pra fazer mais, mas aí é outra seara.
Então, estou de volta, de volta da produção.
De volta, mas não a mesma...nunca a mesma
Em vias do meu inferno astral, passo por um tobogã
de sentimentos, pensamentos e emoções
e tenho achado muito difícil deixá-los ir, como nuvens num céu azul
ou ondas num mar profundo
Tem sido difícil porque, como antes, sinto que estas sensações
Me fazem quem sou
Tenho esquecido minha essência calada por dentro
E dei lugar a um rugido no peito
De amor
De saudade
De dor
De dúvidas tantas
No entanto, ainda fora do centro
Sorrio sozinha
Não estou mais aonde estava
Apesar de ter voltado pra cá

4.8.08

Ignorância

Me sinto uma total ignorante toda vez que tenho que falar sobre budismo
Quanto mais eu leio, mais insegura fico
Porque entendo tudo perfeitamente e tudo faz muito sentido
Mas na hora de explicar, acho simplista demais
Inexpressivo, superficial

Acho que faço um desfavor pro Buda

Hoje, foi assim no Templo
Me senti inadequada, inútil, emburrecida

Sorte minha pela impermanência das coisas

3.8.08

Visita Guiada

Melhores dúvidas
1 - Mas, vem cá: não entendi esse lance de iluminação
2 - E onde eu posso comprar um kimono igual ao seu?

1.8.08

Viajar

Eu não devo viajar na maionese
Eu não devo viajar na maionese
Eu não devo viajar na maionese