2.9.12

Quarenta, enfim!

Acabo de fazer 40 anos no último 29 de agosto.
Foi meu aniversário mais feliz de muitos!
Mais pelo alívio de finalmente acabar com a expectativa da chegada da nova década, que por um outro motivo qualquer.

Muitos beijos, abraços e desejos de felicidades por pessoas queridas que moram no meu coração há tempos. Outras, chegaram agora, e já ocupam um espacinho considerável!

Muita gente me fala que continuo com a mesma carinha de sempre, que não envelheço, tals.
Fico intrigada porque, apesar de pequena, sinto o envelhecimento em cada parte do corpo, da alma e da mente. Claro, me incomoda, mas não lamento.
E sinceramente, não acho nada ruim envelhecer: finalmente tenho cabelos brancos, finalmente, tenho menos energia física, o cansaço natural me faz dormir melhor, por menos horas. São muitas as alegrias do começo da velhice, garanto!

Mas, claro, tudo isso é graças a minha cabeça boa - terapeutizada, meditada, estudada, enfim - minha cabeça nunca pensou na velhice como algo terrível ou avassalador. Aliás, estive sempre um tanto ansiosa para ter no corpo a idade que tenho na mente. E ao que parece, 40 anos é essa medida exata!

Fiz quase tudo que quis.
Amei muito mais do que pensei.
Arrependimentos, muitos - e só me faz mais serena do quanto sou mesmo um ser humano normal.
Sonhos, diversos e muito melhores dos que tive aos 20, 30.
Defeitos, horríveis, incorrigíveis. Estes últimos, por fim, decidi parar de mudar. Tenho coisas péssimas sobre mim. Ponto final.

Talvez uma coisa que eu possa dizer com certeza, além da boa genética, que me mantém nova, viva é que eu nunca, jamais, me imaginei ser outra pessoa que não eu mesma.
Eu não me lembro de nunca querer ter sido um outro alguém, de estar na pele de uma outra pessoa, que eu julgasse melhor. Claro, me inspirei em inúmeras pessoas. Mas nunca quis trocar de lugar com ninguém.

No pior da minha vida, nunca pensei em desistir de ser quem sou. Acho que é isso que chamam de amor próprio. Essa honra de vestir minha pele e não abrir mão de jeito nenhum do ser humano que sou.
Porque só eu sei, lá no fundo, como é bom ser eu! Desse jeitinho mesmo. Mais uns quarenta anos, se tudo der certo!