3.9.10

Fim

Faltam só oito dias agora.

De arrependimentos, talvez a falta de disciplina para agendar as coisas boas:
meditação, cinema, malhação - o fato é a maior parte do meu tempo livre estive exausta e sem a menor motivação para pensar ou fazer algo por mim mesma.

Nessas horas, também me senti muito sozinha - uma solidão de esperar ser salva por alguém que me esperasse de noite com uma comida quentinha depois das aulas...
Família e amigos tamparam esse buraco tanto quanto eu os permiti - com alegres e rápidos encontros ou almoços entre meus sobrinhos, meus pequenos grandes faróis nesse oceano de incertezas!

Consegui, ainda assim, manter minha ansiedade num nível estável. Sim, é incrível, mas eu não pirei.
Confesso, tive crises de choro, noites sem dormir ou com sonhos de resoluções de exercícios.
Mas, não surtei.
E de novo, graças à intervenção carinhosa dos meus amigos e familiares.

Foi um ano que passou rápido, que não teve grandes novidades, que mal vivi.
Um ano que aprendi coisas que talvez nunca use, mas que, com sorte, me levarão a um momento melhor na vida profissional e especialmente financeira.

Nessa reta final, minhas expectativas são tímidas: quero fazer uma boa prova, mas já não me chateio em pensar na reprovação; quero estar serena, em controle absoluto da minha mente, e com isso aprender a gerenciar, quem sabe, outros departamentos da minha vida!
Penso já na próxima etapa, depois de um tempinho de descanso: iniciar nova rotina de estudos, dessa vez mais equilibrada!
Esse tempo de espera me ensinou a não ter pressa.

O fim chegou.
E começo a sentir uma estranha sensação de dever cumprido, de euforia e alívio.
Preciso de sorte na prova.
Mas é impossível negar:
Tenho sorte sempre. Até aqui, com (quase) todos os meus amados ao meu lado, na torcida.
Com saúde física, espiritual e (ufa!) mental.

Estou firme no meu desejo de ser sempre uma pessoa melhor: afinal, se eu nunca tentasse, como saberia onde errei?
E se errei, por que não recomeçar agora pensando no acerto?

Hora da aula.
Retomarei escrivanhações mil em breve.
Aos amigos e família, aos amados e queridos: minha imensa gratidão!

Aqui, só peço uma última coisa: que o que tiver que acontecer, que aconteça.
E que eu tenha a lucidez e serenidade para enxergar o que vier da maneira mais sábia possível para ser, estar, permanecer FELIZ!