29.12.06

2007

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Assim mesmo. Uma página em branco. Para tudo que ainda acontecerá.

26.12.06

Férias

Eu nunca curti tanto o Natal quanto este ano.
É que fiquei tão estressada, cansada e chateada até o dia 24 de dezembro...
Quando finalmente chegou a hora de ir comer, rezar e dormir, tudo foi diversão.

Dormi muito. Comi muito. E até fiz uma caminhada no Parque no dia 25 de manhã!
Coisas que o amor faz, acho eu.

Fico na tevê até o final dessa semana, portanto, ainda escrevo aqui algumas idéias bobas.
Se a preguiça permitir, claro.

Depois, Rio ou São Paulo, faça chuva, faça sol.

Mil planos para 2007, mil idéias, mil objetivos, muitos sonhos.
Tudo depois de um banho de mar em Ipanema.

Até lá, casa aberta para amigos, primos, visitas de todos os lugares.
Manicure, compras, reunião de condomínio, almoço.

Quando ouvir o barulho do mar de pertinho,
O gosto do sal no ar
O vento de brisa nas bochechas
Ah! Venha novo ano!




21.12.06

Pernas fechadas e outros sentimentos

Eu sou uma boa analista de personalidade. Tenho um faro para malucos, psicopatas, retardados, por mais escondidos que eles estejam.
Por isso, me irrita profundamente ser subestimada. Ou julgada erradamente (ou seria erroneamente, minhas amigas jornalistas?).
Tudo bem me julgar, meter o pau, falar pelas costas - mas não me subestimem!

Eu finalmente concluí que sou muito boa no que faço - na minha vida profissional.
Adoro edição. Assim mesmo, igualzinho como eu adoro sushi. E lingerie nova.
A minha paixão pelo que faço não diminui com todas as merdas que edito no dia a dia - nem com projetos falidos.
Mas aos poucos vou descobrindo que sou mesmo uma pessoa importante no processo - que a minha opinião tem um peso, um preço, um valor. Não tô falando só de dinheiro.

Talvez meu pecado seja estar sempre apaixonada demais - me jogo nos projetos, confio nas pessoas, abro meu coração. Não imponho nenhuma condição, não negocio cachê, horário, nada, nada. E o que acontece então é que vou me frustrando com a falta de sensibilidade dos outros que simplesmente não enxergam todo esse meu amor pela montagem.
E ser ignorada dói. Ainda mais quando a gente ama, né?

Vou aprendendo minha lição em passos de tartaruga - para cada 5 projetos, faço uma pergunta nova na próxima negociação. Só que se eu continuar assim, vou morrer editando coisa chata pra gente medíocre!

Resolução de 2007 - fechar as pernas.
Projetos, sim - e muitos - mas haverão ressalvas de toda sorte.
Vou bater o pé e exigir o melhor para mim também.
Funcionou no amor...

20.12.06

Clique

Foi assim - clique!
De um dia e uma noite tensos, irritantes, chatos mesmo, para um segundo de silêncio.
As palavras mágicas?

Ficar desarmada

Para o que vem
Para o que já passou e não pode ser mudado
Para o imprevisto
O tudo que é tão previsível
Para olhar nos olhos dos outros
E ter a chance de me surpreender

Ah! A surpresa é uma dádiva da vida!
Aquele susto de criança
Olhando pro céu com nuvens de animais

Não, não tem nada tão bom
Quanto a surpresa de ver um alguém
Com os olhos limpos
Clareados com colírio
De lentes de contato novas

Desse jeito que foi.
Um clique que me deu
E eu, de um segundo para o outro
Decidi que esse Natal, esse Ano Novo
O filme, a Tevê, a família
todas as coisas vão ter a chance de me ver assim
Desarmada
Amada
Dada
Risada

Êta que esse 2006 foi mesmo o ano das surpresas surpreendentes - se é que me permitem...

14.12.06

Coisas

Sonhos desconexos
Resquícios do dia
Trabalho
Dinheiro
Coisas pendentes

Sono
Viagem à vista!
Trabalho sem fim
Preguiça também sem fim

Tô cansada de mim!
Quero férias de todo mundo
E de todas as pendências!
Menos do namorado

Que amanhã serão 30 dias
Que engraçado
Que maneiro, cara
Demais mesmo

13.12.06

Insônia

Eu tive um acesso de ciúmes deitada na cama.
Às vésperas do aniversário da Silvana, eu duvidei de tudo
Com toda força.

A Silvana, pra vocês que chegaram agora, é a irmão do Fábio.
O Fábio é o tal que me laçou pelo coração.

Então, eu cobertinha, quase dormindo, bateu um ciúme cruel.
Se ele não gosta mais de mim, por que tudo isso?

Fazer as unhas às sete da manhã?
Ah, agora eu vou mesmo ligar pr´aquele outro!
Onde foi mesmo que eu coloquei aquela blusa cor de berinjela?
A minha única sandália preta foi pro brejo - vai a marrom mesmo
Como vai dar tempo de sair do trabalho, tomar banho, trocar de roupa
Secar o cabelo novo!
E ainda encontrar todo mundo na hora marcada?
E se esse todo mundo não gostar mesmo de mim?

Adivinhem - não dormi nada de tanto pensar.
Ai, que arrependimento! Agora, com sono, não tem um pensamento que faça mais sentido que uma boa noite de sono!

11.12.06

Férias, por favor!

Eu quero ficar sem fazer absolutamente nada por uma semana inteirinha.
E isso quer dizer não planejar, não agendar, não fazer telefonemas.
Nem escrever aqui.

Eu quero ter certeza absoluta que a minha vida não é
Simplesmente não é
O trabalho
Os exames
A hora marcada no salão

Eu vou ficar de pijamas
Ouvindo a chuva
Comer pizza fria
Pegar a correspondência descalça

Dormir à tarde
Ver o dia amanhecer na rua

Dançar na segunda
Cozinhar no sábado

Cansada do filme
Cansada da Tevê
Cansada das festas inúmeras
Que ainda nem aconteceram

Um cansaço tão grande
Que me dá energia pra correr com tudo
Me livrar de tudo
E deitar no seu colo

8.12.06

Cálculos desiguais


Um vestido de quase 500 reais
A senhora que pega o ônibus pra Papuda
O presente de 300 reais
E os biscoitos espadaçados na entrada do Pavilhão
O tanque de gasolina cheio de 100 reais
O lotação cheio que não passa do portão - caminhada de 5 quilômetros
Almoço de 50 reais
Pra falar da violência sexual entre detentos

Um churrasco de aniversário de 25 reais
Uma viagem no final de ano que nem entrou nos cálculos
O outro vestido
Os outros presentes
Os tantos jantares...

Durmo como uma pedra
Não penso nisso quando a cabeça bate no travesseiro
Sonho com outras paradas
Não acordo consciente que a água quente do chuveiro
É causa e consequência de tanta desigualdade

Sou filha única da burguesia
Minha meta é pagar a mensalidade da casa própria
Trocar de carro
Comer sushi
Casar

Sou tão igual a todo mundo
Que só o que me salva
É amar alguém tão diferente de tudo.
E de todos.

7.12.06

Das vésperas do Natal


Dessa ansiedade que antecede o Natal, eu digo
Eu amo as luzinhas em todo lugar
Os vários tons de vermelho
O coral na madrugada chuvosa

Agora, putz - como detesto o resto
O shopping center
O dinheiro que já acabou
Os gorrinhos, as musiquinhas, a neve de mentira - essa não!
O ter que presentear
O ter que comer
O ter que vestir isso ou aquilo
O ter que amar ao próximo como amo a mim mesma.

O amor divino
Trazido por Jesus
Que seria o porquê de todos os Natais
É presente em mim, se não nos meus atos, pelo menos nas minha intenções!

Eu não preciso do dia 25 de dezembro
Pra lembrar
Que o amor
É a maior mola propulsora do mundo

Na sequência, claro
O desejo de poder
A raiva
O medo
Só que todos esses, pela falta do primeiro.

O amor, minha gente, eu tenho de sobra.
E aí, o Natal vira uma espécie de cobrança de dívida com a sociedade...
ai, ai, como se já não bastasse a dívida da casa própria, do Visa, do cheque especial...

Feliz Natal aê.
Mas principalmente, Feliz todo dia! Ha ha ha ha!

6.12.06

Semana três

O vestido pronto
Os pratos sujos
Cheiro de café

Converas na madrugada
Madrugadas que não tem fim
O fim que é só o começo

Tem quem fale
Tem quem ame

Tem que xinga
E os que riem

De tudo de tudo

O bom mesmo
É só estar aqui
Com você!

5.12.06

bebê

que coisinha mais linda é um coraçãozinho que bate forte dentro da barriga da Rafaela!

o grãozinho de arroz que é meu sobrinho
e o tanto de amor que transborda por causa dele

o curto espaço de tempo
e o amor tão grande que já é dele

...

se me dissessem que eu estaria aqui, nessa vida, hoje - eu me dobraria de tanto rir.
e ó. tô aqui, sim.
firme, forte, feliz, feliz, feliz.

sou titia
sou namorada
sou menina boba
de jeans e tênis, escolhendo salto alto pra tão sonhada festa!

1.12.06

Minhocário

O meu irmão me avisou, a Fabíola sugeriu, a terapeuta aprovou:
Eu não vou criar minhocas.

Não dessa vez.
Essa coisa de ter um minhocário é bom porque você não precisa esperar as minhocas aparecerem do nada na vida.
Mas eu ando muito cansada de criar minhocas onde não há terra, não chove, não tem porquê.

Vou ter um minhocário pra quê? Ficar cuidando, abanando, levando pra lá e pra cá.
Eu não!

Além do mais, as minhocas vão surgir. São seres vivos, como nós, e uma hora na vida elas aparecem.
É certo que dá pra pressentir, dá pra prevenir até.
Mas que elas vêm, ah, isso vêm!

Por isso - decidi ouvir todo mundo e o meu euzinho do coração:
Joguei meu minhocário no lixo - não se preocupem, elas passam bem - mas longe de mim.

E vou viver essa história sem minhocas na caixola.