16.9.16

Hiato

Em menos de 24 horas estarei de volta em casa depois de 10 dias de sol e mar.
Há mais de dois anos, abandonei o espaço de escrever.
Hiatos na minha vida são muito comuns. Acho saudável sair das fases, mudar de rumos, inventar outras invenções. Escrever, nunca foi substituível para mim. Simplesmente, desisti de achar importante falar do que penso e sinto. 
Aliás, essa sensação de desimportância tem imperado na minha vida: em várias gradações e passando por muitas áreas, as coisa têm tido pouca importância. Um misto de desesperança com preguiça. 
Na praia, vejo crianças surfando claramente sem nenhum compromisso com o profissionalismo ou a prática de uma atividade física - estão ali, no mar, nas ondas, e de lá sairão famintos e cansados fim.
A cena de um mar salpicado de amadores divertidos me comove e peço a Iemenjá que olhe sobre todos nós - desses ingênuos moleques ratos de areia a seres como eu, que sentem tanto e fazem tão pouco. 
É hora de voltar. Resumir hiatos, chegar em casa. Sigo desistindo de dar importância a muitas coisas mas escrever ressurgiu assim, como os meninos surfistas depois de um caldo monumental do mar. Axé Iemanjá!

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