11.12.16

2016: o ano de muitos fins

2016 termina com uma lista infinita de decepções.
Nem falar do golpe de Estado do Brasil, do novo presidente americano, da morte de grandes nomes, como Suassuna.
Bem, agora que já mencionei, minhas grandes decepções moires foram de foro íntimo: pessoas que me surpreenderam porque se mostraram ser outras pessoas comigo ou com o contexto.
Foi um ano de tapas na cara, um após o outro. De coração partido, surpresas, traições e trapaças.
Todo mês, sofri de um doença: ouvido, garganta, estômago, coluna, ombros, bexiga, e tudo de novo. 
A cada mês me descobri mais forte e convicta e também mais ímpar, estranha e diferente do que é normal, tradicional, comum.
No decorrer do ano, percebi que me perco rápido de mim mesma e demoro muito para me realinhar. Tanto que dezembro chegou e me dei conta que preciso urgente sacudir a poeira e dar a volta por cima de mim mesma, daquela que eu fui esse ano inteiro: cega com as minhas demandas, surda com as coisas do meu coração. 
Acordei com o peito apertado, mas fui pro sol. E prometi um monte de coisas pra mim:
voltar a escrever, voltar a meditar, voltar a fazer uma coisa de cada vez. Voltar.
Voltar pra mim.
Porque eu sei quem sou, com defeitos e lentidões. E é para dentro de mim que vou voltar, toda hora, toda instante, até sarar de tudo que foi o ano, a vida até aqui. E com todas as cicatrizes à mostra, sigo para mais um ano: mais inteira, mesmo que lenta e errante.


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